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Capital de esperança

Depois de termos assistido à mais baixa participação eleitoral de sempre, e a um resultado que torna ainda mais complicada a gestão da Câmara de Lisboa, o novo presidente terá de mostrar uma capacidade especial para gerir toda a bagunça politica e financeira existente e dar um novo rumo à autarquia.

A dois anos das próximas eleições o tempo não é muito, uma vez que a campanha eleitoral irá começar mal seja tomada posse, mas será seguramente suficiente para mostrar que alguma coisa mudou.

Lisboa como capital do país é uma cidade parasita. Vive há décadas à custa do estado (directa e indirectamente). Basta imaginar o que aconteceria se saíssem de lá todos os serviços públicos existentes e fossem transferidos para outra cidade ou para outras zonas do país. É verdade que os serviços do estado têm de estar em algum lado, mas seria bom que o seu peso não fosse esmagador na vida da principal cidade do império lusitano.

Nos últimos anos, o turismo tem trazido alguma diferenciação e dinâmica à cidade, e por arrasto a vida cultural, artística e social vai ganhando novos contornos. Por outro lado, a recuperação de muito edifícios degradados (uma boa herança de Santana) é hoje uma realidade, dando um ar mais saudável à capital.

Com a entrada de um novo presidente, muitos voltam a acreditar que a cidade pode mudar para melhor e que o seu futuro não continuará a ser uma lenta agonia. Ideias não faltam, mas neste país isso nem é o mais difícil. Se a esperança nasce para muitos, outros estão fartos de promessas e conversa e já nem se dão ao trabalho de ir votar.

A verdade é que os políticos e os partidos nem sempre se dão ao respeito e, por isso, não se podem queixar ou fingir que estão preocupados. Se nas próximas eleições o número de votantes voltar ao normal então é sinal que qualquer coisa de positivo aconteceu. É esperar para ver.

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